10 passos para obter um bom resultado na Mixagem!
A primeira recomendação é OUVIR, OUVIR, OUVIR e a sua Gravação tem que ser a melhor possível!!!
Este post irá dizer-lhe tudo o que você precisa saber sobre Mixagem! OK? Não mesmo ! 🙂
Se isso fosse possível, não haveria necessidade de eu fazer esse texto! Na verdade, o texto não vai sequer arranhar a superfície de tudo o que há para se dizer sobre música e mixagem de áudio – mas a idéia é mostrar dez passos fundamentais que – se você segui-los – vai permitir que você faça sua mixagem soar melhor e atingir bons resultados possíveis com a sua música e produções de áudio. Mas antes de chegarmos aos passos, aponto algumas coisas que na maioria das vezes não importam. Pelo menos, não tanto como os itens da lista de 10!
Algumas coisas que não são importantes para alcançar uma grande mixagem:
Porém não há nada de errado em se ter qualquer uma dessas coisas, só ajuda! 🙂
Um estúdio dedicado construído propositadamente com tratamento acústico cuidadosamente calculado é uma coisa bonita, especialmente com um engenheiro que sabe como tirar o melhor proveito acústico – pois o tratamento acústico eficaz irá tornar sua vida muito mais fácil. Mas eles são essenciais para fazer uma grande gravação? Não.
Da mesma forma, quanto mais caro o equipamento que você usa, é provável que a qualidade seja mais confiável, mais robusto e etc. Mas com a tecnologia moderna atual também significa que você pode obter excelentes resultados, mesmo com um orçamento limitado. Alguns plug-ins soam melhor do que outros, sem dúvida. Mas o melhor nem sempre são os mais caros – na verdade, ás vezes existem alguns plug-ins bons e que são free!!!
Você precisa, lógico, ter uma boa audição para ser um engenheiro ou um produtor – mas você não precisa ser um “Golden Ears”. Ás vezes em termos de audição, você encontra Clientes que ouvem tão bem como engenheiros de mixagem!
Você precisa além de bons ouvidos, ter foco, determinação e atenção ao detalhe críticos – e, esses são alguns dos atributos de um bom produtor.
Então, vamos aos 10 passos importantes na Gravação, para se obter grandes Mixagens, o tempo todo.
E é isso !
Se você puder seguir esses passos, é certo que suas mixagens soarão melhores e talvez fantásticas!!!
Parece fácil dizer, mas difícil de fazer? Bem, você pode ter razão, afinal dizem que Mixar é uma Arte! 🙂
Mas aqui está a boa notícia – mesmo que você não consiga seguir todos os passos em todos os casos, ainda é possível funcionar. Mesmo em um espaço de gravação ruim, uma cuidadosa colocação de Mic´s pode ajudar. Mesmo microfones baratos podem dar grandes resultados, se você usá-los bem, conheça bem a curva de captação do Mic, e você tirará um som melhor.
E há uma variável comum que influencia essas regras de forma constante – o Tempo!
É claro que sabemos que no mundo real , não podemos obter todas essas coisas certas no tempo todo – e é por isso que há dicas , truques, regras de ouro e sugestões para tornar cada etapa mais fácil – e, talvez ainda mais útil, e com certas maneiras de lidar com algo que está errado.
Ok, o objetivo aqui com essas dicas, é que você tenha em mente esses dez passos – e sempre se lembrar de que na Mixagem, o tempo para OUVIR é muito importante! Se o que você OUVE soa bem contra uma referencia, então provavelmente seu mix estará bom!!!.
Até a próxima!
O PROCESSO DE GRAVAÇÃO EM ESTUDIO!
O objetivo do texto de hoje é dar um idéia rápida, sem muito detalhe técnico para muitos, sobre a diferença e os processos principais na gravação musical e fabricação seja para impressão em vinyl, CD ou outro meio de audição.
Boa leitura!
Três são os passos principais, no processo de gravar uma música:
Gravação
Mixagem
Masterização
1_Gravação ou Tracking
Gravação é essencialmente o processo de gravar músicas em estudio e é o primeiro passo na obtenção de um som para ser ouvido no vinyl, no CD, nos ipod´s/ipad´s e outros leitores de audio disponíveis.
O nome em ingles é “Tracking” e vem do fato de que cada instrumento é gravado individualmente, tendo a sua própria “track/trilha” na mixagem, de modo que o equilíbrio e som de cada um possa ser controlado mais tarde, aumentando volumes, deixando mais grave, mais agudo, com efeitos etc…
Originalmente, “track” se referia a fita analógica de largura fina, que armazenava o audio, hoje, no sistema digital normalmente o audio fica num arquivo em disco rígido via computador.
As gravações podem ser “ao vivo”, com todos os musicos tocando ao mesmo tempo; ou um instrumento de cada vez; ou uma mistura dos dois processos.
A escolha depende ás vezes do local, se o estudio é grande ou pequeno, da facilidade e disponibilidade dos musicos; um exemplo foi o disco “Duets” de Frank Sinatra, onde apenas um ou outro artista gravou junto com ele, a maioria gravou em estudios pelo mundo e dai foi enviado o arquivo para os estudios da Capitol, onde Frank gravava a voz principal!
Os objetivos mais importantes na Gravação são:
Se você tem interesse ou esta planejando gravar em um estúdio, NÃO PERCA o próximo post que publicaremos:
“10 passos para obter uma boa gravação e mixagem.”
2_Mixagem
A Mixagem é o processo de “misturar” todas as trilhas individuais feitas na gravação, para criar uma versão da musica que deverá soar tão bem quanto possível – tambem chamamos de “mix”.
O processo pode incluir:
Na Mixagem muitas vezes também é necessario uma boa dose de edição – escolher as melhores partes de cada take de uma música, e às vezes até a construção de elementos musicais a partir do zero, via MIDI por exemplo. Às vezes, existe tanta edição envolvida que se forma uma fase bem separada entre o que foi gravado e a mixagem.
3_Masterização
Masterização é o processo de encadear uma seleção de musicas em um álbum (ou único ou lista de reprodução, ou podcast …etc) e combiná-los para criar um master final para impressão.
Alem disso, o processo deve fazer a sua música soar o melhor em termos de volume e coesão das trilhas e instrumentos.
Na mixagem você está equilibrando os instrumentos para obter um grande “mistura” em cada música, na Masterização você está equilibrando as musicas entre si obtendo uma grande sequência com um mesmo volume aparente.
Esse processo é muito sutil, envolvendo pequenos ajustes para “polir” as mixagens existentes, por meio de ajustes em pequenos problemas de mixagem, ou em alguns casos, quando possivel, restauração drástica destes problemas.
Basicamente a Masterização envolve:
Dito tudo isso …
Na realidade, a fronteira entre esses diferentes processos é frequentemente tão próxima a ponto de não ser possível definir bem claro essa fronteira em muitos casos!
No inicio dos anos 60 os tres processos eram feitos todos praticamente no mesmo estudio, eram grandes gravadoras e cada uma fazia tudo “em casa”.
Nos anos 80 com a aproximação e mesclagem entre o analógico e digital, a gravação e mixagem eram feitas em um estudio e as masterizaçoes em outros estudios especializados, que surgiram só para esse processo.
Agora nos anos 2000, devido á facilidade no campo digital de SW´s, simuladores, computadores e o custo baixo desses equipamentos, muitos estudios e home studios voltaram a fazer os 3 processos “em casa”, ou seja, gravam, mixam e masterizam seus trabalhos.
Com a queda de venda dos CD´s e surgimento de plataformas de audio que vendem e reproduzem CD´s por faixa, a fabricação convencional de gravar 10 ou 12 musicas vem diminuindo, passando os artistas a gravarem EP´s (3 a 6 musicas) ou singles, e colocam o material em faixas nas plataformas de vendas de audio.
Enfim, foi a partir do final dos anos 60, com artistas como os Beatles, que a mixagem gradualmente tornou-se um processo mais e mais criativo interagindo até fora de seus dominios. Hoje é comum parte de um mix interagir com trilhas sendo gravadas e muitas vezes a edição e mixagem ajudar a moldar ou formatar a forma como as músicas são escritas e compostas.
Assim, a gravação, mixagem e masterização podem agora, serem todos parte da mesma sessão. O que não significa que não seja util você saber a diferença entre estes processos!
Até a próxima!
Plano de Negócio! É importante?
Nesses tempos bicudos, muitos se aventuram a fazer um trabalho por conta própria, é louvável, mas de repente o sujeito pega toda a indenização que recebeu e aplica em um sonho que poderá em alguns meses tornar-se um pesadelo!
Primeiro, para se estabelecer em qualquer ramo, mesmo de simples comercio/serviços, você deve fazer um plano de negócio do seu Negócio. Não vou aqui elaborar toda a teoria de Marketing, mas de forma rápida e prática dar algumas coordenadas de como você deve pensar sobre o assunto antes de “queimar” sua reserva financeira.
Para qualquer negocio, você deve inicialmente pensar em ter um caixa ou um capital de giro de pelo menos 3 meses. O que é isso? Depois de somar todo o valor que vai ficar para você iniciar seu negócio, é necessário ter um adicional equivalente ao seu custo fixo e /ou estoque se for o caso para poder “girar” o seu negocio, devido á variação do mercado, aos recebimentos devido á vendas a prazos, inadimplência, estoques, etc.
Vamos exemplificar: Simulação de alguém que vende Serviços, você vai precisar de:
1 – Custo mínimo para funcionar seu negócio:
.um espaço: uma sala 20 m²,alugada _R$ 800./mês.
.Investimento em mesas, cadeiras, armários, computadores, etc. R$ 2000.-(amortizado em 2 anos), então R$ 2000 : 24 meses =~R$ 84./mês
.Gasto com energia (elétrica,H2O), manutenção, impostos, etc. R$ 1500.-/mês
.Outras despesas $ 850.-/mês
.Custo com pessoal ~ R$ 5000(sua retirada/parte lucro) + R$ 880.-(um auxiliar) =R$ 5880.-/mês
Somando tudo teremos um gasto mensal de = 5880+800+84+1500+850= R$ 9114./mês.
2 – Capital de giro
.Capital de giro para 3 meses = 3 x 9114 = ~ R$ 27 500.-
Em teoria você precisaria de ~ R$ 9200.- para iniciar seu negócio, ou R$ 4114 se considerarmos que você não fará sua retirada nos primeiros meses do negocio! Mas, seu capital de giro deve ser pelo menos 3 meses (R$ 27 500) para girar seu negócio caso não entre todo volume de serviço que você planeja!!!!
Ok, esse item é apenas pra você começar a “tocar sua empresa”. “Mas quanto devo cobrar? Ora tem um cara que faz esse trampo igual ao meu e cobra R$ 80./hora, então vou cobrar R$ 75./hora !” Será que esse valor contempla todos os seus custos mensais de forma que você não tenha prejuízo?
Vamos verificar: Quantas horas você vai trabalhar no mês? Vamos considerar que você trabalhará de 2ª.f a 6af._ 6h/dia; Sábado 5 h/dia.
Então: (5 d/s x 6h/d x 4s) + (5h/d x 4s) = 120 h/mês + 20 h/mês = 140 h/mês.
Se você tiver ocupação/trabalhar 100% das horas você terá 140 h/m x 75 R$/h = R$ 10 500.-/mês…
Esse valor cobrirá seus custos e você ainda tem um ganho de R$ 1386.- ~ 13 % de ganho adicional!
Mas, e se você não ocupar 100% das suas horas planejadas?
A conta que devemos fazer primeiro, é qual seria o preço/hora mínimo que deveríamos cobrar, trabalhando a 100%, 70% e a 50 %, e dai comparar com seus concorrentes.
Não podemos colocar um preço menor, e nem maior que o do mercado sem saber se vamos ter lucro, empatar ou prejuízo!!!
Para saber, calculamos assim:
Nosso gasto mensal total é R$ 9114 – nossas horas trabalhadas máximas no mês serão 140h.
Então 9114R$/mês: 140 h/mês = R$65,10/hora!
Esse é o nosso preço mínimo que podemos cobrar se trabalharmos 100% das horas e que cobrirá todos nossos custos! Acima desse valor sempre será ganho adicional pra você!
E se eu trabalhar só 70% das horas? Dai nosso preço/hora seria => 9114R$/mês: (140 x 0,7) = R$ 93/hora!!!!
Nossa!!! E se o mês for ruim e eu trabalhar só 50 %?
Daí o seu custo / hora seria => 9114R$/mês: (140 x 0,5) = 130 R$/hora!!!!
Em teoria, como você não poderá cobrar mais do que seus concorrentes, então o cálculo que fazemos para ver se você está no prejuízo ou empatando é o seguinte:
Digamos que você está cobrando R$ 75./h; então no mês só 70% das horas… (140 x 0,7) = 98 horas trabalhadas, então você faturou : 98 h x R$ 75./h = R$ 7350./mês o prejuízo foi de ((1 – (7350 : 9114)) x 100) = 20%!!
E se o mês foi ruim e você trabalhou só 50 % das horas?
Daí você faturou: 70 h x R$ 75./h = R$ 5250./mês !!!
Nesse caso o prejuízo seria de ((1 – (5250 : 9114)) x 100) = 43%!!
Conclusão:
Espero ter esclarecido com esse exercício simples, mas de conteúdo bem prático, e boa sorte no seu empreendimento!
Gravação ao vivo @Pal G Studio do Show Sara Bonfim _ 29 de Julho 2016 no CIAEI.
Vou aqui narrar as peripécias feitas para gravar o show naquele dia. Por uma falha de comunicação, ao chegarmos no teatro para o set-up verificamos que não haveria um Split do audio para gravarmos independente da mixagem do PA do show, ou seja eu iria receber o sinal que estaria sendo enviado ao publico, e portanto estaria subordinado á variação dinâmica (EQ,CMP,FX, etc) do técnico de mixagem do show.
Pensei, f**** ! Na gravação de um show ao vivo, sempre você deve ter o sinal “splitado” para seu sistema, ou seja, os sinais devem vir direto dos DI´s, dos mic´s, ou dos “line out” de amps etc, dessa forma você sempre vai ter o material com a dinâmica e coloração natural dos instrumentos, voz, o ambiente, para depois na sua mixagem poder trabalhar adequando os níveis e tessitura de toda sonoridade.
Para gravar o show, utilizei um Protools HD10 linkado á porta de uma Yamaha TF5, com um Steinberg Driver 1.7.3 que me dava até 32 tracks para gravar, porém minha necessidade foi de 24 canais. Usei um LapTop normal Positivo 4Gb RAM/2,5GHz com o PTHD10 rodando 24bit/48kHz em um Windows 8 (o que sempre me faz tremer! 🙂 ) mas o sistema “guentou”…eu já havia gravado o show do Alien Groove (splitado) no Maio Musical com 18 tracks e foi muito bem!
Bom, na passagem de som comecei então a ver alguns problemas, pelo fato de receber o sinal mixado da mesa, alguns sinais ex: o baixo vinha “clipando”, a voz sumia, algumas peças da bateria ora desapareciam num volume menor ou então “clipavam” do nada, além de que na hora do show o técnico iria ficar alterando os volumes mixando para o publico, ou seja eu não teria controle de nada do que entraria no Protools!
Por isso, você precisa receber o sinal “splitado” para manter todos os sinais próximo/entre -12 a -6 dB no ProTools, o que garante um bom nível para a mixagem final necessária. Como não tinha outra alternativa, arrisquei a gravar da forma que estava, apenas sugerindo ao técnico uma compressão um pouco mais pesada no baixo, na caixa e no bumbo, pois eram os elementos que mais saíam fora de controle; dessa forma para efeito do audio que ia para o publico não haveria grande alteração, mas para o caminho digital que vinha para o ProTools 4 a 6 dB de compressão em media “domou” a dinâmica exagerada desses elementos! E as vozes deixamos conforme o normal, já que a pressão das vocalistas normalmente é sempre pra menos com receio de distorcer ou gerar microfonia. Então na teoria, no minimo eu teria uma boa media de volume das vozes o que não prejudicaria na minha mixagem final. Na voz, só reduzimos um pouco o reverb já que ali no CIAEI o Tr já é alto, e eu poderia fazer como fiz na mixagem; apliquei um De-Verb para eliminar o “tail” grande que somavam os reverbs natural e da mesa. Essas ações na captação, mais a dinâmica da banda e a pouca intervenção do técnico na mixagem do PA pois a banda tinha uma dinâmica muito boa, foi suficiente para evitar os clipes e/ou volume com dinâmicas prejudiciais. !!!
Enfim funcionou…descarregando o audio no Estúdio pude verificar o resultado, e deu para fazer uma mixagem legal, apesar de trabalhosa porque mesmo captando da forma que foi feita, houve nuances de dinâmicas muito grandes e que na mixagem final tive que retrabalhar: os volumes, as vezes até em frases da voz, ou em grupos de compassos de determinado instrumento, além de “descolorir” os timbres que vieram conforme o técnico mixou para PA. Porém, nenhum Soundreplace foi utilizado, o som dos instrumentos principalmente o som da bateria foram todos trabalhados como manda a técnica de mixagem :
Sobre o show… bem como prevenção acho que vou investir em um rack de Split com 32 canais e levar sempre a tiracolo ! 🙂
Aqui uma das musicas, “Manuel” sem processamento:
Até a próxima!
EDIÇÃO DE BATERIA!
Quando gravamos e vamos para a mixagem, a bateria é o primeiro instrumento que normalmente você precisa editar. E uma vez que é o primeiro da fila, basicamente é dai que tem a base e o andamento que vai dar a vibe da musica. Então não é nenhuma surpresa que a edição de bateria é um dos maiores trampos que os técnicos enfrentam. Mas você não deve fazer dessa tarefa algo tão “doloroso” e a bateria não deve soar como “robotizada”/eletrônica. Aqui estão algumas observações para uma edição rápida e que poderá esclarecer uma série de questões comuns e equívocos.
Deixe sua duvida ou comentários, que retornaremos.
Valeu e até a próxima!